domingo, 5 de abril de 2009

.Fica assim, calada.

Acordei procurando você na cama, eu sabia que não ia encontrar. Levantei, escovei os dentes e fui pra cozinha em busca daquela geléia que minha mãe nunca compra, não achei. Fui pro meu quarto, caminhei até o closet pra procurar aquela camisa de mangas compridas que eu adoro, mas que eu nunca tive. Andei até a sala e mudei os canais a te procurar, você não estava na programação de nenhum canal. O telefone tocou e eu mudei o jeito de dizer “alô” só pra tentar te agradar, era engano. Fui até a janela pra te esperar chegar, e escutei uma voz baixinha dizer: “sai dessa janela, ela não virá”.
Corri pra rua, andei pelas calçadas, pensei em te ligar, mas desisti... não vou mais te procurar, não quero te ouvir. Fica assim, calada, só assim eu não tenho que ouvir o seu NADA!

Um comentário:

Mônica Mondo disse...

Eu gosto muito deste texto. Cada vez que o leio uma visão diferente. Cada vez que tu narras ele pra mim uma dor diferente. É um bom texto.